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Manual de Boas Práticas Farmacêuticas R$ 25,00 Manual de Boas Práticas Farmacêuticas para atender os requisitos da  Resolução nº 44/09  da ANVISA e  Resolução nº 357/01  do CFF, que dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. Normatizar o funcionamento da Empresa de forma a manter regras de Boas Práticas de Aquisição, Armazenamento, Conservação e Dispensação dos produtos comercializados e serviços prestados pelo estabelecimento. Normas elaboradas de acordo com as rotinas e para que o trabalho seja feito de uma maneira uniforme por todos. Clique aqui  para comprar o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde para Farmácia R$ 25,00 O plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde tem o objetivo de definir medidas de segurança e saúde para o trabalhador, garantir a integridade física do pessoal direta e indiretamente envolvido e a preservação do meio ambiente. Mini

Farmacotécnica

Manipulação de princípios ativos e outras substâncias para a fabricação de medicamentos.
 

OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS: transformar matéria-prima em forma farmacêutica.

 
Operações mecânicas:
  • Separação: Centrifugação; Tamisação; Levigação (sedimentação); Decantação; Filtração; Clarificação.
  • Divisão (sólidos): Moagem (divisão grosseira); Pulverização.
  • Dispersão (sólidos e líquidos): Misturar
 
Operações físicas (altera o estado físico):
  • Decocção: ferver junto
  • Destilação: pontos de ebulição diferentes
  • Infusão: líquido fervido
  • Maceração: temperatura ambiente (percolação)
  • Digestão: 35-40ºC
  • Cristalização: diferentes solubilidades
  • Calcinação: reduzir a cinzas
  • Lixiviação: extração ou solubilização pela ação de fluido percolante (ex. percolação do café)
 
Formas farmacêuticas:

Líquidas:
- Soluções: xarope (alta conc. de açúcar), elixir (hidroalcóolico), tintura;
- Suspensões; - Emulsões: O/A – A/O

Sólidas:
- Cápsula; - Drágea (comprimido revestido); - Comprimido; - Grânulo; - Supositório; - Óvulo; - Pós; - Pastilhas; - Chocolates; - Pirulito...

Semissólidas:
- Pomadas (pegajoso); - Cremes (emulsão de alta viscosidade); - Pastas (20-60% de pós finamente dispersos)

Gases:
- Aerossóis; - Spray
 
- Soluções são preparações líquidas compostas por uma ou mais substâncias dissolvidas em um determinado solvente.
- Suspensões são formulações que contém fármaco em partículas finamente divididas e distribuídas uniformemente em um veículo.
- Emulsões são uma dispersão de duas fases não miscíveis entre si, formando um sistema homogêneo com um tensoativo (emulsionante).
 

PREPARO DE FORMULAÇÕES:

 
Cálculos farmacêuticos:
 
C1 x V1 = C2 x V2 (conc. % x volume)
 
Molaridade ➡ M = n (nº de mols)  à  n =  M
(mol/L)                     V (volume em L)         PM
 
Densidade ➡ d = m (massa)
(g/mL)                   V (volume)
 
Normalidade ➡ N = Eqg (equivalente-grama)
(N)                               V (volume em L)
 
1E = MM (massa molar g/mol)
(g)       X (nº de H+, nº de OH- ou nº total de elétrons)
 
N = X x M      N =      m     
                              Eqg x V
 
Escolha do tamanho da cápsula à Dap (densidade aparente) =   M  (massa)
                                                                                                          Vap (volume aparente)
 
Lei de Stokes (suspensões) à ds = 2g x r2 (d1 – d2)
                                                     dt               9n (viscosidade – inversamente proporcional)
dt = velocidade de sedimentação → g = aceleração da gravidade → r = raio à d = densidade
 
EHL (equilíbrio hidrófilo lipófilo) → EHLreq = (EHLa x Xa) + (EHLb x Xb) → X = proporção
EHL 3 a 8 = emulsões A/O (altamente lipofílico)
EHL 8 a 18 = emulsões O/A

Tensoativos:
- Aniônicos = O/A
- Catiônicos = A/O
- Não-iônicos = estabilizantes e espessantes

FRACIONAMENTO DE FORMAS FARMACÊUTICAS

 
Individualização de doses
Unitarização de doses
 
Tipos:
- Manual
- Semiautomatizado
 
Reenvase = sem a necessidade de manipulações
Tudo registrado e arquivado
 
Validade dos produtos:
- Uso externo = 8 dias
- Soluções orais = 30 dias
- Sólidos orais = reenvasados no 1º sem., validade até dezembro, reenvasados no 2º sem., validade até 30/06 do prox. Ano, validades mais curtas que um semestre, considera-se a do fabricante)
- Líquidos orais = 3 meses
 

FORMAS FARMACÊUTICAS PARENTERAIS: soluções, suspensões e emulsões estéreis

 
- Intradérmicas
- Subcutâneas
- Implantes
- Intramusculares
- Endovenosas ou Intravenosas
- Epidurais
- Intraperitoneais
- Intra-arteriais
- Intratecal (intrarraquidiana evitando a BHE)
- Intra-articulares
 
Medicamentos diluídos ou reconstituídos para administração, devem ser livres de contaminantes do tipo microbiológico, pirogênico, tóxico e de partículas estranhas.
 

TERAPIA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL

Terapia Nutricional é o conjunto de ações que visam mudar, melhorar ou recuperar o estado nutricional de pacientes internados, ambulatoriais ou em serviço de home care. Pode ser destinado a qualquer faixa etária, levando em consideração especificidades de cada um destes grupos. A Nutrição Parenteral Total, tem como proposta uma via que não envolva o trato gastrointestinal, e na maioria dos casos, é indicada justamente quando há um comprometimento gastrointestinal de maneira que a dieta via enteral não seja viável.
Nutrição Parenteral Total ou NPT é uma "solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos e sistemas".

Perfusão intravenosa de nutrientes de modo a fornecer o aporte necessário à manutenção ou restauração do equilíbrio nutricional e metabólico do doente. Quando não é possível a nutrição entérica.

Classificações:
Quanto a via de administração:
- Periférica: baixas concentrações de nutrientes, administração na região da mão ou antebraço, via de escolha para curtos períodos e sem desnutrição grave, tolerância osmótica máxima de 900 mOsm/L.
- Central: altas concentrações de nutrientes, administração através de cateter venoso posicionado em veia de grande calibre, via de escolha para longos períodos, maior risco de infecções e complicações.
Quanto à composição da solução:
Sistema glicídico: composto por duas soluções de grande volume, a solução de aminoácidos, fonte de nitrogênio, e a solução de glicose, como fonte de energia.
Sistema lipídico: composto por três soluções de grande volume, a solução de aminoácidos, fonte de nitrogênio, a solução de glicose, como fonte de energia, e a solução de lipídios, como fonte energética e de ácidos graxos essenciais.

Indicadores de desvio de qualidade:
- Reação de Maillard: grupo amino + grupo carbonila + temperatura = solução amarelada
- Peróxido lipídico: exposição a luz à oxidação à peróxido lipídico

Preparo de nutrição parenteral:
Sala classe ISO 7
Cabine de fluxo laminar classe ISO 5 com pressão positiva

TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

Preparo de quimioterapia:
Unidade centralizada de preparação de medicamentos (UCPC)
- Zona negra: recepção e validação de prescrições médicas.
- Zona cinzenta: estoque de medicamentos, produtos e outros materiais necessários para as preparações.
- Zona branca: local onde irá ocorrer a manipulação, possui pressão negativa.
Capela classe II tipo B2

EXCIPIENTES

Podem ser classificados quanto à sua finalidade: conservantes, corantes, aromatizantes, edulcorantes, espessantes, emulsificantes, estabilizantes, antioxidantes, diluentes, umectantes, solventes, promotores de absorção e matrizes de liberação prolongada.
Os excipientes adicionados às formulações são específicos e possuem funções variadas, como solubilizar, aglutinar, promover fluxo, desintegrar, emulsificar, conservar, modificar a viscosidade, diluir, lubrificar, molhar, dentre outros.

Características:
- Inerte
- Toxicologicamente inativo
- Compatível com o fármaco e outros excipientes
- Boa capacidade de sofrer compressão
- Alta fluidez e boa capacidade de escoamento (sólidos)
- Características reprodutíveis por lote
- Alta disponibilidade
- Baixo custo
- De fácil armazenamento

Classificação quanto a utilização:
Tecnológicos: são compostos que são adicionados a substâncias ativas como veículo sob a forma de comprimido. A sua inclusão é praticamente obrigatória em quase todas as fórmulas. Ex.: lubrificantes, diluentes, aglutinantes, desagregantes.
Complementares: são substâncias adicionadas à formulação do produto e estão diretamente ligadas com a eficácia do mesmo, aumentando (ou não) o seu efeito terapêutico. Ex.: absorventes, molhantes, tampões.

Tipos de excipientes:


Diluentes: são produtos "inertes" que têm a finalidade de compressão (no caso de pós) ou de completar o volume de cápsulas. Eles podem ser classificados como solúveis, insolúveis ou mistos.
Diluentes solúveis:
- Lactose: dissacarídeo obtido do leite, excelente diluente (65-85%). Possui capacidade redutora por conter aldeído livre, e, por causa disso pode sofrer reação de Maillard, causando amarelamento e escurecimento dos pós.
- Manitol: indicado para encapsular drogas sensíveis a umidade. Possui incompatibilidade com metais (complexação).
Diluentes insolúveis:
- Amido: pode ser encontrado na batata, mandioca, milho, trigo, arroz. Possui bom escoamento e não tem limite de concentração para uso como diluente.
- Celulose: pode ser usada em forma de pó ou granulado, como também associada à lactose, amido, fosfato de cálcio dibásico dihidratado. Possui ações aglutinantes e desagregantes. Eleva o nível de viscosidade do meio e retarda a absorção.

Absorventes: são substâncias utilizadas com o objetivo de absorver água dos extratos ou de fixar alguns compostos com característica volátil, como as essências. São utilizados também para incorporar substâncias higroscópicas evitando, assim, que a umidade provoque alterações nessas substâncias. Ex.: fosfato de cálcio, carbonato de magnésio.

Aglutinantes: têm o papel de impedir a aglomeração de sólidos, possibilitando o trabalho com uma compressão menor, reduzindo, assim, a força da máquina utilizada para fazer o produto. Mas é importante lembrar que deve-se utilizar a menor quantidade de aglutinantes possível, pois são produtos opostos à desagregação dos comprimidos e, em grande quantidade, dificulta a desagregação dos mesmos. Podem ser utilizados em pós, soluções ou dispersões aumentando a eficácia e garantindo uma melhor distribuição na mistura.

Desagregantes: são utilizados com o objetivo de acelerar a desintegração e/ou dissolução da forma farmacêutica no organismo. É possível controlar o nível de desintegração de acordo com a quantidade de excipiente que é colocado no produto para ter uma desintegração mais rápida ou mais lenta.

Lubrificantes: são substâncias capazes de completar a matriz do produto e evitar a aderência de pós aos cunhos da máquina durante a compressão. Ou seja, um bom lubrificante deve ter ação de facilitar o deslizamento do granulado do distribuidor para a matriz, diminuir a tendência do produto para aderir à matriz, e promover uma fácil ejeção dos comprimidos.
- Estearato de magnésio: mistura com palmitato de magnésio, age como lubrificante e antiaderente nas formulações de excipientes, nas concentrações de 0,25 a 2%. Possui baixa densidade. Hidrofóbico, pode retardar a dissolução de drogas na forma sólida, por isso, devendo ser utilizado na menor concentração possível.
- Talco: silicato de magnésio hidratado. É utilizado nas concentrações entre 1 a 30% como lubrificante e diluente. Possui alta tensão superficial.

Molhantes: são substâncias capazes de prevenir a aderência de pós e granulados às matrizes, facilitam o escoamento dos mesmos no alimentador e o enchimento de cápsulas. Os compostos utilizados com essa finalidade, como o sulfato de lauril e o Tween 80, combatem a liberação dos pós durante a compressão. Caso esses compostos também possuam propriedades tensoativas, ocorre aumento da velocidade de desagregação dos comprimidos por se enxarcarem com maior facilidade.

Tampões: fosfato alcalino, carbonato de cálcio e citrato de sódio são substâncias importantes em produtos farmacêuticos quando o objetivo é manutenção estável do pH.

Corantes: são adjuvantes farmacêuticos utilizados para corrigir as propriedades organolépticas dos produtos, tornando-os mais atraentes. Eles podem ser inorgânicos (dióxido de titânio, óxido de ferro) ou orgânicos, naturais (derivados de plantas e animais, ex.: vermelho carmim) ou artificiais (ex.:
corantes azo - amarelo tartrazina, amarelo crepúsculo).

Edulcorantes: são substâncias utilizadas para adoçar o produto em questão, utilizando açúcares muito ou pouco energéticos.
- Sacarose: possui baixo custo, não deixa gosto residual e pode ter ação conservante e antioxidante. Melhora a viscosidade dos medicamentos líquidos. Desvantagens: cristalização durante o tempo de armazenamento do produto e restrição para pacientes diabéticos.
- Substitutos artificiais: sacarina sódica, ciclamato de sódio e aspartame. Podem induzir reações de hipersensibilidade.

Aromatizantes: também chamados de flavorizantes, são substâncias normalmente, utilizadas para complementar a ação dos edulcorantes, adicionando, por exemplo, diferentes tipos de essências (hortelã, laranja, limão). A aplicação dessas essências é feita sob a forma líquida, sendo absorvido em substâncias adequadas. Os flavorizantes podem ser naturais (óleos essenciais extraídos de plantas e sabores naturais de frutas) ou artificiais (álcoois aromáticos, aldeídos, bálsamos, fenóis, terpenos, etc.), ex.: o acetato de benzila é uma substância responsável pelos sabores artificiais de cereja, pêssego e morango.