Atividades:
- Responder perguntas relacionadas ao
uso de medicamentos (informação reativa ou passiva)
- Participação em comissões de
farmácia e terapêutica e de infecção hospitalar
- Publicação de material educativo /
informativo, como boletins, alertas, colunas e jornais (informação ativa)
- Educação: estágio e cursos sobre farmacoterapia
- Revisão do uso de medicamentos
- Atividades de pesquisa sobre o uso
de medicamentos
- Coordenação de programas de
farmacovigilância
Bibliografia:
- Fontes primárias: àquelas
informações que surgem pela primeira vez na literatura: ensaios clínicos,
estudos de coorte, caso-controle (jornais e revistas). Ex.: The Lancet
- Fontes secundárias: serviços
de indexação das fontes primárias, resumos (Medline).
- Fontes terciárias: condensam
as informações (livros, monografias, base de dados, artigos de revisão,
meta-análise). Ex.: micromedex, drug-dex...
COMISSÕES TÉCNICAS HOSPITALARES
Contribuem para a melhoria contínua da gestão da unidade hospitalar ao atuarem na padronização dos processos internos e na produção de indicadores para avaliação do serviço ofertado aos usuários.
Características:
- Pró-ativas
- Espaço aberto junto à gestão
- Propor atitudes preventivas e corretivas
- Trabalho que representa uma ferramenta para gestão
- Diferencial para modernização dos hospitais
Importância:
Além de ser uma ferramenta essencial para gestão hospitalar elas são instrumento para controle adequado da assistência ao paciente garantindo, assim, melhoria da sua qualidade.
Comissões mais importantes:
- Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH)
- Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
- Comissão de Licitação e Parecer Técnico
- Comissão de Terapia Nutricional
- Comissão de Terapia Antineoplásica
- Comissão de Avaliação de Tecnologias
- Comissão de Educação Permanente
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
São problemáticas porque vão gerar aumento dos custos hospitalares e elevação das taxas de morbi-mortalidade hospitalar.
Principais fontes de infecção no hospital:
- Ambiente
- Pessoal
- Equipamento
- Materiais
- Uso indiscriminado de antibióticos
Lavagem das mãos: é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares.
Importância da CCIH: Reduzir ao máximo a resistência microbiana.
Objetivo: Redução máxima da incidência e gravidade de infecções hospitalares.
Membros:
- Consultores: serviço médico, serviço de enfermagem, serviço de farmácia, laboratório de microbiologia, administração.
- Executores: encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção hospitalar (deve ser composta por pelo menos 1 pessoa da enfermagem).
Atribuições da CCIH:
Implantar Sistema de Vigilância Epidemiológica de Infecções Hospitalares (Portaria MS 2616/98)
Capacitação dos funcionários
Auxiliar no controle de custos
Monitorar prescrições de antimicrobianos
Cuia de utilização de antimicrobianos e germicidas
Política de uso antimicrobianos (CFT)
Uso racional de antimicrobianos
Papel do Farmacêutico na CCIH:
Promove o uso racional dos antimicrobianos dentro dos hospitais, reduzindo as chances de resistência microbiana e evitando graves infecções, além de reduzir os custos.
Indicadores de resultados:
Taxa de infecção hospitalar
Taxa de pacientes com infecção hospitalar
Distribuição % de IH por localização topográfica do paciente
Incidência de IH por procedimento na UTI
Frequência de IH por microrganismos
Coeficiente de sensibilidade aos antimicrobianos
Taxa de letalidade associada à IH
Papel da farmácia hospitalar na CCIH:
Controle de quantidade de pacientes em uso de antimicrobianos e tempo de tratamento
Relatórios de gastos com antibioticoterapia
Elaboração de documentos e orientações técnicas
Indicação profilática e clínica
Determinação do uso mensal de antimicrobianos por unidades de internação
Dados para ajudar a revisão e a atualização da padronização dos antimicrobianos pela CFT e CCIH
COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA
- Formalmente instituída
- Através de documento legal
- E com regimento que normatize todo seu funcionamento
- Apresenta caráter consultivo (informar, sugerir, opinar quando solicitada) e deliberativo (tomar decisões, elaborar normas).
Elaboração de diretrizes:
Seleção e padronização:
- Registro no país: se o medicamento está devidamente registrado segundo especificações de legislação sanitária.
- Necessidade do medicamento: avaliar existência de plausabilidade clínica e importância epidemiológica e se de fato há valor terapêutico comprovado.
- Analisar informações características dos medicamentos: farmacodinâmica, farmacocinética, farmacotécnica, bem como a concentração, forma farmacêutica, esquema posológico.
- Preferir aqueles medicamentos com apenas uma única substância ativa.
- Princípio ativo deve estar descrito segundo normas DCB ou DCI.
- Avaliar preço de aquisição, armazenamento, distribuição e controle dos medicamentos.
- Analisar o menor custo de tratamento por dia e o custo total do tratamento.
Composição da CFT: multiprofissional à profissionais que tenham conhecimento nas áreas farmacológica, terapêutica, clínica médica e economia em saúde.
Membros executivos:
- Diretoria clínica
- Administração
- Serviço de farmácia
- Serviço de enfermagem
- Comissão de controle de infecção hospitalar(CCIH)
- Especialidades médicas (por ex. infectologia)
Funcionamento:
Reuniões ordinárias e extraordinárias.
As questões são decididas em consenso de todos os membros.
Documentos:
- Formulário padrão de solicitação de padronização de medicamentos
- Protocolo de tratamento de doença
Todos os documentos devem ser divulgados, de fácil acesso a todos os interessados e com fluxograma estabelecido.
Principais competências:
Assessoramento da farmacoterapia:
- Seleção e padronização de medicamentos
- Elaboração e atualização do guia farmacoterapêutico
- Diretrizes para uso racional de medicamentos
- Normas para prescrição, dispensação e uso de medicamentos
- Incorporação de nova tecnologias
- Protocolos clínicos de tratamento
Investigação científica:
- Promover estudos de utilização de medicamentos e de farmacoeconomia para análise de perfil farmacoepidemiológico e do impacto econômico dos medicamentos na instituição de saúde.
- Atividades voltadas ao gerenciamento de riscos e farmacovigilância (identificação de queixas técnicas, reações adversas, interações medicamentosas).
Ações educativas:
- Promoção do uso racional de medicamentos
- Participação em atividades de educação permanente da equipe de saúde
- Elaboração e divulgação de instrumentos educativos
- Realização de campanhas para práticas seguras do uso de medicamentos
A CFT avalia a adequação de cada medicamento e produto farmacêuticos contidos no guia farmacoterapêutico, considerando a conveniência de inclusão ou exclusão dos medicamentos já que novas evidências científicas estão disponíveis em relação à eficácia, efetividade e segurança do medicamento.
Atribuições do farmacêutico na CFT:
- Participação na escolha, análise e utilização de estudos científicos que fundamentem adequada seleção de medicamentos.
- Ações visando promoção do uso racional de medicamentos e pesquisa clínica.
- Apoio na elaboração de diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos.
- Normas para prescrição, dispensação, administração, utilização de medicamentos e avaliação.
- Estudos custo-efetividade e de utilização de medicamentos.
- Interpretação de indicadores epidemiológicos importantes no processo decisório de seleção.
- Elaboração do guia farmacoterapêutico.
Obs.: o farmacêutico pode assumir cargo de presidente, secretário ou membro efetivo da CFT.