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Manual de Boas Práticas Farmacêuticas R$ 25,00 Manual de Boas Práticas Farmacêuticas para atender os requisitos da  Resolução nº 44/09  da ANVISA e  Resolução nº 357/01  do CFF, que dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. Normatizar o funcionamento da Empresa de forma a manter regras de Boas Práticas de Aquisição, Armazenamento, Conservação e Dispensação dos produtos comercializados e serviços prestados pelo estabelecimento. Normas elaboradas de acordo com as rotinas e para que o trabalho seja feito de uma maneira uniforme por todos. Clique aqui  para comprar o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde para Farmácia R$ 25,00 O plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde tem o objetivo de definir medidas de segurança e saúde para o trabalhador, garantir a integridade física do pessoal direta e indiretamente envolvido e a preservação do meio ambiente. Mini

Farmácia Clínica

Lida com a atenção do paciente com ênfase na farmacoterapia.
 
Atribuições (resolução 585, 2013): 28 no total
- Cuidado centrado no paciente;
- Uso racional de medicamentos;
- Plano de cuidado;
- Consulta farmacêutica;
- Consultório farmacêutico.
 

PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS (PRM = RNM):

Problema de saúde, relacionado ou suspeito de estar relacionado a farmacoterapia, que interfere nos resultados terapêuticos e na qualidade de vida do paciente.


PRM1 = necessidade de medicamento         
PRM2 = nenhuma necessidade                         N


PRM3 = medicamento inadequado
PRM4 = quantidade insuficiente de medicamento        E


PRM5 = reação adversa a medicamentos
PRM6 = quantidade elevada de medicamento        S

 
PRM7 = não toma o medicamento        A
 
RNMs: III Consenso de Granada
Necessidade (N) – desnecessário ou não tratado
Efetividade (E) – inefetividade quantitativa ou não
Segurança (S) – falta de segurança
Não cita adesão (A)
 
Plano de cuidado e intervenções:
Planejamento documentado para a gestão clínica das doenças, de outros problemas de saúde e da terapia do paciente, delineado para atingir os objetivos do tratamento.
Delineamento em conjunto com o usuário.
 
Metas terapêuticas:
- Definir parâmetros clínicos ou laboratoriais mensuráveis para medir o resultado;
- Definir o prazo para alcance dos resultados.
 
Intervenções voltadas aos problemas relacionados a farmacoterapia:
- Ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e profissionais de saúde que visa resolver ou prevenir problemas relacionados à farmacoterapia e garantir o alcance das metas;
- Individualizado;
- Colaboração com o usuário e/ou familiar, cuidador ou médico.
 
Agendamento das avaliações de seguimento:
- Definir o prazo necessário para que o usuário volte à consulta farmacêutica e qual a frequência dessas consultas, a fim de avaliar os resultados da farmacoterapia e das intervenções ao longo do tempo.
 
Método clínico:
- Acolher: introdução
- Avaliar: coleta de dados e identificação de problemas
- Aconselhar: ações / soluções, fechamento da consulta
 
Detecção de falhas na farmacoterapia: necessidade, adesão terapêutica, efetividade, segurança
 
Consulta farmacêutica:
- Introdução: acolher
- Coleta de dados e identificação do problema: avaliar
- Ações e soluções: plano de cuidado
- Fechamento da consulta
 
Registro da prática e documentos clínicos:
- Prontuário (SOAP)
- Prescrição farmacêutica
- Encaminhamento
 

ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Interação direta do farmacêutico com o usuário, visando resultados definidos, uma farmacoterapia racional e mensurável, voltada para a obtenção de melhoria da qualidade de vida.
 
Funções do farmacêutico:
- Educação em saúde (promoção do uso racional);
- Orientação farmacêutica;
- Atendimento farmacêutico;
- Acompanhamento farmacoterapêutico;
- Registro sistemático das atividades.
 
Acompanhamento ou seguimento farmacoterapêutico:
O farmacêutico analisa as condições de saúde e tratamentos do paciente, com o objetivo de prevenir e resolver problemas da farmacoterapia e garantir que os resultados terapêuticos sejam alcançados, por meio da elaboração de um plano de cuidado e acompanhamento do paciente.

Três fases:
  • Anamnese farmacêutica (coleta de dados)
  • Interpretação de dados
  • Processo de orientação
 
Métodos:
  • SOAP (subjetivo, objetivo, avaliação, plano)
  • PWDT (pharmacist work up of drug therapy – estudo farmacêutico da terapia farmacológica): avaliação sistemática da farmacoterapia (análise de dados, plano de atenção, monitorização e avaliação). Também conhecido por modelo de Minnesota.
  • TOM (therapeutic outcomes monitoring – monitorização de resultados terapêuticos): coleta, identificação, avaliação, monitorização, dispensação, evolução, resolução, revisão
  • DADER (método dader de seguimento farmacoterapêutico): oferta do serviço, primeira entrevista (coleta de dados), análise situacional: fase de estudo e avaliação, fase de intervenção, resultado da intervenção, nova análise situacional
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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA

 
Interação = administração de dois ou mais fármacos com alteração do efeito em comparação ao uso isolado.
Diminui o efeito de um dos medicamentos ou provoca efeitos tóxicos.
 

Classificação das interações:

 
Início do efeito:
- Efeito rápido (em até 24h)
- Efeito tardio (após dias)
 
Gravidade:
- Grave (requer intervenção)
- Moderada (pode requerer)
- Leve (não é necessário alterar a terapia)
 
Grau de evidência (documentação na literatura):
- Excelente (muito bem documentado)
- Bom (bem documentado)
- Suspeito ou razoável (pouco documentado)
- Pobre (muito pouco documentado)
- Improvável
 
Mecanismo de ação (próprios mecanismos de ação ou competindo com receptores):
- Farmacodinâmica: antagonismo (anula a ação do outro); sinergismo (potencializa a ação do outro)
- Farmacocinética: absorção, distribuição, metabolismo e eliminação
Absorção: antiácidos, alimentos
Alteração do pH gástrico ou intestinal pode alterar as velocidades de desintegração, dissolução ou absorção. Pode alterar a solubilidade de alguns fármacos, pode interferir na motilidade gastrointestinal. Utilizar os fármacos 2h após a ingestão de outro medicamento para evitar a diminuição da absorção e da eficácia. Alguns antibióticos diminuem a flora bacteriana no intestino grosso, estas bactérias têm a função de metabolizar ou realizar a conjugação de alguns medicamentos que são absorvidos no intestino, a falha na desconjugação reduz a reabsorção de contraceptivos para a circulação.
Distribuição: fármacos com baixo índice terapêutico
Ligação a proteínas plasmáticas e tissulares caracteriza por rápido aumento do efeito farmacológico, seguido de redução após alguns dias, devido ao aumento de fármaco livre.
Metabolismo: rifampicina, carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, progesterona, testosterona
Inibição (efeito tóxico) ou indução (redução de efeito) enzimática.
Indutores do metabolismo hepático por meio do citocromo P450, o aumento do metabolismo faz com que as concentrações plasmáticas e os efeitos farmacológicos diminuam se os metabólitos forem inativos.
Eliminação: penicilina + probenicida (aumento da meia vida)
Substâncias que acidificam o pH urinário podem aumentar a velocidade de excreção de fármacos básicos e reduzir a velocidade de excreção de fármacos ácidos e vice-versa.
 
Interação entre fármacos e alimentos:
 
Redução da solubilidade do princípio ativo causada pelo surgimento de complexos, diminuição do contato fármaco com as superfícies de absorção devido a formação de barreiras, alterações do fluxo sanguíneo e da motilidade gastrointestinal.
Também pode reduzir efeitos colaterais de determinados fármacos (anti-inflamatórios e antimicrobianos).
Deve-se evitar a ingestão de frutas cítricas junto com medicamentos pela possível alteração do pH gástrico que prejudica a absorção.
Tetraciclina + leite = formação de quelatos insolúveis que são excretados pelas fezes.
Exceções que alimentos melhoram a absorção: hidroclorotiazida, teofilina, metoprolol, diazepam, ferro.