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Farmacocinética

Absorção ➡ Distribuição  ➡  Biodisponibilidade  ➡  Metabolização (biotransformação)  ➡  Excreção 

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:

- Enteral: oral (metabolismo de 1ª passagem), sublingual, retal (metabolismo de 1ª passagem).
- Parenteral: intravenosa (grandes volumes), intramuscular, subcutânea, tópica, outras (intratecal, pulmonar (inalação), intranasal, tópica, transdérmica).
 

ABSORÇÃO: transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea.

 
Difusão passiva (maioria dos fármacos): meio mais concentrado para o menos concentrado, não há gasto energético – Difusão passiva simples (canais iônicos) ou facilitada (proteína carreadora).
Transporte ativo: usa transportadores proteicos.
Endocitose e exocitose: substâncias grandes através da membrana celular.
 
Fatores que influenciam na absorção:
- solubilidade: lipossolúvel
- grau de ionização: não ionizado
- pH do meio: ácido em ácido / básico em básico
 
Fatores que afetam a absorção:
- relacionados ao fármaco: solubilidade e polaridade, peso molecular, forma farmacêutica.
- relacionados ao paciente: tempo de trânsito TGI, presença de alimentos, fluxo sanguíneo.
- relacionados a via de administração.
 
Para ser bem absorvido:
- lipossolúvel / lipofílico / hidrofóbico
- apolar
- não ionizado
- forma molecular
 

DISTRIBUIÇÃO: passagem reversível do fármaco para outros fluidos e tecidos.

 
Compartimentos de água:
- Compartimento plasmático: acomoda fármacos com massa molecular muito elevada;
- Líquido extracelular: comporta fármacos com baixa massa molecular e são hidrofílicos;
- Água corporal total: comporta fármacos com baixa massa molecular e são hidrofóbicos;
- Outros: feto.
 
Reservatórios de fármacos:
Locais onde o fármaco pode ser encontrado em maior concentração em relação ao plasma.
Mecanismos: transporte ativo, lipossolubilidade, diferença de pH e ligação a determinados componentes.
 
Volume de distribuição:
A grande maioria dos fármacos se distribui em vários compartimentos, com frequência ligando-se a componentes celulares (lipídeos, proteínas ou ácidos nucleicos).
É um volume hipotético de líquido no qual o fármaco se dispersa.
VD = quantidade do fármaco administrado
          concentração plasmática do fármaco
 
Biodisponibilidade: avalia a velocidade e a quantidade de fármaco que chega à circulação sistêmica quimicamente inalterado e que pode exercer o efeito terapêutico.
 
Determinação da biodisponibilidade: comparação dos níveis plasmáticos do fármaco em uma via particular de administração com os níveis plasmáticos do fármaco obtidos por injeção IV na qual todo o fármaco entra na circulação rapidamente (biodisponibilidade 100%).
 
Fatores que interferem na distribuição:
- Metabolismo de 1ª passagem: se o fármaco é rapidamente biotransformado pelo fígado, a quantidade de fármaco inalterado que tem acesso a circulação diminui.
- Solubilidade e características físico-químicas do fármaco: para que um fármaco seja bem absorvido ele dever basicamente hidrofóbico, mas ter alguma solubilidade em soluções aquosas. Quanto mais lipossolúvel mais facilmente atravessa a membrana endotelial dos vasos em direção aos tecidos.
- Permeabilidade por barreira espessas: para passar a BHE as moléculas têm que ser altissimamente solúveis e com peso molecular muito reduzido.
- Fluxo sanguíneo: o fluxo para o cérebro, fígado e rins é maior do que para o músculo esquelético, o tecido adiposo rebe fluxo ainda menor.
- Ligação com proteínas plasmáticas: a albumina é a principal proteína ligadora, à medida que a concentração do fármaco diminui, devido à eliminação por biotransformação ou excreção, o fármaco ligado se dissocia da proteína. A ligação às proteínas funciona como um depósito temporário, que apesar de diminuir a intensidade do efeito, prolonga a duração, por retardar a eliminação. A forma responsável pelo efeito terapêutico é a forma livre.
- Baixa ligação às proteínas: efeito mais intenso, menor duração, rápida eliminação.
- Alta ligação às proteínas: efeito menos intenso, efeito mais duradouro, eliminação mais lenta.
- Os fármacos ácidos geralmente ligam-se a albumina.
- Os fármacos básicos geralmente ligam-se à alfa-glicoproteína ácida.
 
Fatores que interferem na disponibilidade da forma livre do fármaco:
- Desnutrição; - envelhecimento; - doença renal ou hepática; - competição entre fármacos (aumentam fração livre por diminuir albumina e aumentar o efeito).
 

METABOLIZAÇÃO: ou biotransformação (o fígado é o principal local)

 
Metabolismo: moléculas menos lipossolúveis, mais polares, mais hidrossolúveis, inativos.
Nem sempre a metabolização transforma o fármaco em uma molécula inativa.
Pró-fármacos dependem do metabolismo para tornarem-se ativos, se a metabolização não ocorre a substância disponível é inativa.
 
Fase I:
- Ocorre no retículo endoplasmático;
- Ocorre reações de oxidação ou expressão de um grupo polar tornando a molécula menos lipossolúvel e com menor capacidade de ser reabsorvida;
As reações de oxidação ocorrem nas enzimas do citocromo P450 (grande maioria dos fármacos).
 
Fase II:
- Ocorre no citoplasma;
- Ocorre conjugação, a maioria ocorre com ácido glicurônico, por meio da enzima glucoronil transferase;
- Eliminação.
 
Fatores que alteram o metabolismo dos fármacos:
- Variabilidade genética, doenças, idade, interações medicamentosas (alguns fármacos podem provocar indução ou inibição enzimática).
- Indução à aumenta síntese à aumenta metabolismo à diminui o efeito terapêutico.
- Inibição à diminui atividade à diminui metabolismo à aumenta os efeitos terapêuticos e adversos.
Tipos de metabólitos (biotransformados de fármacos): ativo, inativo, reativo ou tóxico.
 

EXCREÇÃO: eliminação

 
Via mais importante = renal
Para ser eliminado o fármaco deve ser = polar, hidrossolúvel, ionizado, baixo peso molecular
Fármaco ácido eliminado em meio básico.
Fármaco básico eliminado em meio ácido.
Eliminação renal:
- Filtração glomerular
- Secreção tubular ativa (proximal)
- Reabsorção tubular passiva (distal)
 
Clearence = eliminação da droga
É expressa como volume de plasma do qual todo o fármaco foi removido em determinado tempo.
Inversamente proporcional à sua meia-vida de eliminação.
Diretamente proporcional ao volume aparente de distribuição.
Clearence renal é a taxa de excreção dividida pela concentração média da substância.
 
Meia-vida = tempo requerido para que a concentração plasmática da droga se reduza à metade.
 
A eliminação de um fármaco, em geral, segue a cinética de primeira ordem (concentração no plasma cai exponencialmente com o tempo.